Data: 15/09/2025

A suinocultura enfrenta desafios cada vez mais complexos para manter altos níveis de produtividade, eficiência alimentar e sustentabilidade.

Nesse cenário, a formulação de dietas de precisão, que atendam às exigências nutricionais de cada fase de desenvolvimento dos animais, é essencial para garantir desempenho zootécnico e viabilidade econômica.

As farinhas de origem animal se destacam como fontes concentradas de proteína de alta qualidade, aminoácidos essenciais e minerais, apresentando elevada digestibilidade quando corretamente processadas e incluídas nas proporções adequadas.

Além do papel nutricional, o uso de farinhas animais está alinhado a práticas sustentáveis, pois contribui para o aproveitamento de coprodutos da cadeia de produção de alimentos, reduzindo desperdícios e fechando ciclos produtivos.

Neste artigo, você vai ver:

As farinhas animais na suinocultura

Com o desenvolvimento atual da suinocultura industrial, exige-se uma alimentação capaz de fornecer todos os nutrientes necessários para atender às demandas fisiológicas dos animais em diferentes fases produtivas, como manutenção, crescimento, reprodução e lactação.

A alimentação é fator primordial no custo da produção de suínos. Estudos realizados neste sentido demonstraram que a ração representa 79% do custo total de produção, enquanto 7% das despesas correspondem à mão-de-obra e 14% atendem aos gastos das depreciações e medicamentos. (Viana, 1976).

Segundo Noblet e Peres (1993), para suínos em crescimento, o coeficiente de digestibilidade da energia diminui quando o nível de alimentação é elevado, reforçando a importância de ajustar não apenas a composição, mas também a quantidade de nutrientes fornecidos.

Nesse sentido, o uso de farinhas animais, com sua alta concentração de nutrientes, permite formular dietas mais densas e equilibradas, otimizando o aproveitamento energético.

De acordo com um estudo da Universidade Federal de Goiás, a qualidade nutricional das farinhas animais depende de fatores como a matéria-prima utilizada e as condições de processamento térmico.

Por isso, na formulação de uma ração, um alimento rico em energia (milho, sorgo, etc) deve ser combinado com um suplemento proteico (farelo de soja, farinha de came, etc) de forma que se obtenha uma ração com o nível desejado de proteína.

Impacto do processamento de dietas no desempenho de suínos

Um estudo da National Library of Medicine avaliou os efeitos da forma de apresentação do alimento, ou seja, se a dieta é oferecida de maneira farelada (em pó) ou peletizada (em grãos compactados) e do tamanho de partícula sobre o desempenho e a digestibilidade em suínos em crescimento.

Os resultados mostraram que, embora o peso corporal e o ganho médio diário não tenham sido significativamente alterados, a eficiência alimentar foi melhor em dietas peletizadas e com partículas menores.

Além disso, a digestibilidade da gordura bruta aumentou com a peletização da dieta, reforçando que a forma de apresentação influencia diretamente a absorção de nutrientes.

Esses achados destacam a importância do processamento adequado das dietas, incluindo o controle da granulometria e da forma física, para otimizar a utilização de nutrientes.

No contexto das farinhas animais, isso reforça que a granulometria, o processamento térmico e a peletização podem potencializar o aproveitamento de aminoácidos e energia, garantindo melhor desempenho zootécnico e eficiência alimentar.

Como a suinocultura contribui para a sustentabilidade

Na suinocultura, a utilização de farinhas de origem animal na formulação de rações contribui para otimizar o perfil nutricional e incorporar práticas de economia circular. De acordo com a ABRA- Associação Brasileira de Reciclagem Animal - os resíduos do abate giram em torno de mais de 13,9 Milhões de toneladas, que são transformados em produtos como farinha e gorduras com alto valor nutricional.

A valorização de coprodutos de origem animal processados e reaproveitados reduz o volume de resíduos orgânicos e o passivo ambiental do setor, isto é, os impactos negativos e os custos futuros que poderiam ser gerados pelo descarte inadequado desses resíduos.

Essa abordagem aumenta a eficiência no uso de recursos, diminui a dependência de insumos vegetais e fortalece a sustentabilidade da cadeia produtiva suinícola.

Quando processadas dentro de padrões de segurança alimentar e qualidade, as farinhas de origem animal representam uma solução viável para o aproveitamento sustentável de resíduos na produção de suínos.

Segundo Nunes (2020), a pecuária brasileira apresenta uma taxa de aproveitamento próxima a 99%, o que posiciona o país como uma referência mundial em reciclagem animal.

Andreazzi (2015) destaca que essa prática contribui para a sustentabilidade do setor, pois reduz os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de resíduos. Entre esses impactos estão a emissão de gases poluentes, a contaminação do solo e da água e a proliferação de doenças.

Assim, o uso de farinhas de origem animal na suinocultura representa não apenas uma estratégia nutricional eficiente, mas também um elo fundamental na integração entre desempenho zootécnico, responsabilidade ambiental e viabilidade econômica, consolidando um modelo de produção mais sustentável e competitivo.

Farinhas animais BRF Ingredients como ingrediente nutricional proteico

As farinhas animais da BRF Ingredients são desenvolvidas para atender às exigências nutricionais da suinocultura moderna, oferecendo perfil proteico equilibrado, alta digestibilidade e minerais biodisponíveis.

A produção envolve cocção, prensagem e moagem de matérias-primas frescas de aves e suínos provenientes da cadeia integrada BRF, garantindo que o processamento ocorra poucas horas após a extração.

Esse cuidado resulta em ingredientes com consistência de qualidade e composição previsível, facilitando a formulação de dietas balanceadas e eficientes.

O controle rigoroso desde a seleção da matéria-prima até o produto final assegura que os nutrientes essenciais estejam disponíveis na forma ideal, maximizando o aproveitamento proteico e energético dos suínos e contribuindo para o desempenho zootécnico e a saúde animal.

Principais atributos das farinhas animais BRF Ingredients:

● Fonte de proteína de alta qualidade
● Matéria-prima fresca e processada rapidamente
● Consistência nutricional e confiabilidade para formulações precisas

Considerações finais

As farinhas animais desempenham um papel essencial na nutrição de suínos, oferecendo proteínas de alta qualidade, aminoácidos essenciais e minerais biodisponíveis, fundamentais para atender às exigências nutricionais em todas as fases produtivas.

Estudos e ensaios demonstram que a digestibilidade e a forma de processamento das dietas influenciam diretamente o desempenho zootécnico, a eficiência alimentar e a absorção de nutrientes, destacando a importância de ingredientes consistentes e bem processados.

Além do desempenho, as farinhas animais contribuem para práticas mais sustentáveis e eficientes, permitindo o aproveitamento de subprodutos da cadeia produtiva e reduzindo desperdícios.

O controle rigoroso de qualidade e a padronização desses ingredientes garantem segurança, confiabilidade e resultados previsíveis na formulação de dietas balanceadas, integrando ciência, tecnologia e nutrição de precisão.

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